Utilizamos diversas espécies de madeiras exóticas, entre as mais usadas, angelim, arítu, arurá, jatobá, jaqueira, marupá, pau raínha, roxinho, amarelinho, bacuri, louro gamela, cucupira, muiratauá, preciosa, cedrinho, arurá, saboarana, cupiúba, cumarú e itaúba. Desde a identificação da madeira, à coleta na natureza, até ao seu uso, é feito por plano de manejo controlado, (localizado no município de Nova Airão, região amazónica) para o artesanato - machetaria, com licença de utilização emitida pelo Património Histórico Brasileiro.
A machetaria é uma arte ou técnica de unir pedaços de madeira, cuidadosamente escolhidos e cortados de forma a complementar os outros. Esses pedaços são encaixados e colados juntos, para formar um padrão ou design. Esta técnica carece de habilidade altamente especializada que requer conhecimento sobre diferentes tipos de madeira e técnicas de marcenaria. Além disso, também requer composição estética e uma apreciação pela beleza natural da madeira.
O arumã é uma espécie de junco usado por vários séculos na produção de cestaria, entre outra infinita linha de artigos exclusivos. O mais conhecidos são: arumã membeca, em que a fibra é retirada do talo adulto para tecer e do talo jovem para arrematar; e o arumã de terra de terra firme, sendo o mais coletado o arumã vermelho e branco. O vermelho, sem galhos e com entrecasca avermelhada, produz fibras duráveis. O branco, com galhos, folhas arredondadas e entrecasca branca, utilizado para criar diversos produtos artesanais.
O cipó ambé, também conhecido como ambé coroa, é uma planta que cresce junto aos galhos de árvores altas, tanto em terra firme quanto em igapó. É composto por duas partes principais: a mãe, que fica grudada no galho da árvore, e as raízes, que descem até o chão. As raízes possuem espinhos que fazem com que pareçam coroas, daí o nome ambé coroa. O cipó é muito utilizado pelas etnias Yanomami e Koripaco, na produção de casas, cestaria, jamaxins, bolsas, chapéus, luminárias, cadeiras, arremate de esteiras, entre outros.
A piaçava é uma espécie de palmeira, conhecida popularmente pela sua utilidade e durabilidade em qualquer ambiente. Suas fibras são usadas na produção de vassouras, diversos tipos de artesanato e utensílios de excelente qualidade. As sementes da piaçava fornecem marfim-vegetal e suas folhas são usadas na cobertura das malocas indígenas. A fibra, que é dura e flexível, é extraída nas regiões das cabeceiras de igarapés e costas do Alto e Médio Rio Negro.
Diferentes tipos de argila e formas de utilização, entre elas a mistura com caraipé (casca de árvore especifica), na arte indígena é algo muito comum. Faz parte da cultura brasileira, pois os povos indígenas eram os únicos habitantes do nosso país antes da colonização portuguesa, que começou no século XVI. Entre as várias qualidades artísticas do povo indígena em relação às artes, uma das quais podemos citar é a habilidade na criação da cerâmica indígena.
O fio de tucum é uma fibra natural extraída do tucunzeiro, uma espécie de palmeira nativa da floresta amazônica no Brasil. É muito valorizada pelas comunidades locais e é uma fonte importante de materiais sustentáveis. Tradicionalmente, o fio de tucum é usado por comunidades indígenas e artesãos para fazer diversos produtos, incluindo redes, cestas, jóias que expressam a identidade cultural de suas comunidades e cordas devido à sua resistência e durabilidade.
As tinturas são feitas a partir de produtos naturais, como frutos, cascas de árvores, folhas de plantas e resinas. Entre os mais utilizados são:
Crajiru, casca de Castanheira, resina de Macucuí, resina e casca de Cumati, casca de Pacuá-Catinga, Carvão, Tintarana, Açafrão, casca de Cajueiro, Ingá Xixica, Urucu e Goiaba-de -Anta.